Por Fernando RebouçasNo ano 1.500 a.C , no Egito Antigo, os médicos daquele tempo registravam
casos de pacientes que costumavam urinar além do normal e emagreciam
até morrer. Na Grécia, entre os anos 80 e 138 d.C, o médico Aretaeus
lançou o termo “diabetes mellitius” para conceituar a respeito do gosto
adocicado da urina dos pacientes.
Somente em 1776, Matthew Dobson criou um método para
identificar a concentração de glicose na urina. Em grego, o termo
“diabete” significava “sifão” em referência à constante passagem
exagerada da água pelo rim. A doença seria reconhecida em nível clínico
somente em 1812, na publicação da primeira edição da revista The New
England Journal of Medicine. Naquele tempo o nível de ocorrência de
diabetes na população era desconhecido.
Já naquela época, a maioria dos pacientes desprovidos de
tratamento morria em semanas ou meses. Em 1889, os pesquisadores alemães
Oskar Minkowski e Joseph von Mering descobriram que a retirada do
pâncreas do organismo dos cães os deixavam vulneráveis ao diabetes, concluíram que a causa do diabetes estava relacionada ao pâncreas.
No ano de 1910, o pesquisador Edward Sharpey-Schafer concluiu que a diabetes seria causada pela ausência de uma substância química
produzida no pâncreas pelas células das ilhotas de Langerhans, daí
batizou a substância de insulina em referência à palavra insula, que
significa ilha.
Logo depois da Primeira Guerra Mundial, em 1921, Frederick Banting e
Charles Best conseguiram reverter o quadro do diabetes em cachorros após
injetarem extratos de células ilhotas sadias em seus pâncreas. A partir
dessa época, a insulina passou a ser utilizada em todo o mundo.
No ano de 1977, foi descrito na revista Science um novo método para a
inserção do gene da insulina humana em bactérias escravas, obrigando-as
a produzir a insulina em escala industrial, a técnica nomeada de DNA
recombinante, gerou as bases da atual biotecnologia industrial. Nos anos
seguintes, surgiriam medicamentos para ser ingeridos por via oral,
capazes de substituir o uso de injeções nos pacientes.
Porém, os avanços tecnológicos ainda não conseguiram absorver a
grande demanda de pacientes no mundo, em pleno século XXI, o mundo vive
uma epidemia de diabetes, no Brasil há cerca de 12 milhões de pacientes,
número que deve crescer ainda mais até 2050, caso o brasileiro continue
engordando como o cidadão norte-americano.
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