Por Felipe AraújoA arte do perfume
tem suas origens no Egito e remete ao ano de 2000 a.C. Naquele período,
os primeiros a utilizarem os perfumes foram os faraós e membros que
eram considerados importantes na corte. Após algum tempo, a utilização
do perfume foi difundida em outras partes do país e levou a todos a
possibilidade de aromatizar o ambiente árido e quente do deserto.
Protagonizada em 1330 a.C., a primeira greve da humanidade
foi organizada pelos soldados liderados pelo faraó Seti I que, sabendo
sobre a necessidade das essências refrescantes na região, pararam o
fornecimento dos unguentos aromáticos. Tempo depois, em 1300 a.C., peões
de Tebas revoltaram-se contra a escassez de unguentos e somente foram
contidos pelo faraó Ramsés II.
Durante o século IX, um químico árabe conhecido como Alkindus
escreveu um manuscrito a respeito da fabricação dos aromas intitulado
"Livro da Química
de Perfumes e Destilados". A obra apresentava diversas receitas de
óleos das fragrâncias, águas aromáticas, salves ou imitações caras. No
mesmo material, havia a descrição de 107 receitas de perfumaria. A
importância da obra é tão grande no que se refere aos perfumes que, até
hoje, alguns instrumentos utilizados na fabricação apresentam os mesmos
nomes citados por Alkindus, como o alambique.
Avicenna e Muslim, respectivamente, um químico e um médico de
origem persa, foram os introdutores do método para extrair óleos
aromáticos das flores
por meio da destilação, sistema utilizado até hoje. Em um primeiro
momento, fizeram uma experiência com as rosas, mas acabaram descobrindo
que a mistura de óleo com ervas ou pétalas esmagadas tinha como
resultado uma fragrância mais forte. Neste contexto surge a água de
rosas, que se torna rapidamente popular. Tanto a tecnologia utilizada na
destilação quanto a mistura das ervas e flores com o óleo foram de
ampla utilização, causaram avanços e foram de grande influência na
perfumaria do ocidente, assim como na química.
Através do território da Espanha, o perfume ganhou a Europa
na época do Renascimento. Porém foi na França, em meados do século XIV,
que a perfumaria teve seu maior avanço. O país tornou-se o maior centro
de pesquisas e desenvolvimento de perfumes e possui as marcas mais
importantes do mundo.
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