Por Fernando RebouçasSegundo a FAO, Organização das Nações Unidas para Agricultura e a Alimentação, até o ano de 2050, a humanidade
terá cerca de 9 bilhões de habitantes, o que aumentará a demanda por
alimentos neste século XXI. Além do aumento da população mundial, a
melhora no nível de renda das pessoas também será um fator preponderante
nessa crescente demanda.
Em nível da elevação de renda, a população buscará alimentos
com mais qualidade e mais sofisticados, porém, viáveis economicamente e
provenientes de um ciclo de produção sustentável. Essas questões
interferem diretamente no futuro do agronegócio e da consequente
produção de alimentos em todo o mundo.
Segundo a direção do Card (Center for Agricultural and Rural
Development), Iowa State University, o aumento dos supermercados,
principalmente nos países mais ricos, gera uma maior demanda por
alimentos variados, frescos, de alta qualidade e com boa apresentação. O
diretor
da instituição, Bruce Babcook, destaca que o gasto com a alimentação
fora de casa também aumento, mais precisamente, nos grandes fast-foods.
Um dos grandes desafios do atual agronegócio é desenvolver produção
agrícola capaz de atender a todas essas exigências e manter um bom nível
de quantidade e qualidade na produção de alimentos para atender a
crescente demanda. Porém, considerando os problemas ambientais e a
diminuição de água potável em diversas regiões do mundo, o mundo pode
caminhar para um nível de abundância de alimentos para o nível de
escassez ou concentração de produção.
Nos anos 2000, devidos às secas em diferentes países e perda
de colheitas, mais notadamente em áreas ambientalmente vulneráveis, o
preço médio dos alimentos mais do que duplicaram, caso esse ritmo de
encarecimento seja mantido na produção agrícola, o alimento , assim como
a água, será o novo petróleo do mundo.
No contexto ambiental, a produção de alimentos é afetada diretamente
pela erosão do solo, escassez hídrica e ausência de conhecimento técnico
nos países menos favorecidos economicamente. Enquanto que em meados do
século XX, o mundo vivia sob o excesso de alimentos, em meados do século
XXI a humanidade corre o risco de vivenciar a carestia e o
encarecimento dos alimentos mais básicos para manutenção nutricional do
ser humano.
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