Por Antonio Gasparetto JuniorHolocausto Nuclear é o risco de extinção da vida humana na Terra em função de uma guerra nuclear.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos
desenvolveram uma tecnologia baseada em partículas atômicas chamada de
nuclear. O resultado obtido foi fruto de muitas pesquisas de alguns dos
mais importantes cientistas do século XX, incluindo Albert Einstein. Quando essa tecnologia foi adaptada para fins militares, gerou uma arma capaz de promover grande destruição, a bomba atômica.
Após alguns anos de testes em locais isolados, os Estados
Unidos resolveram utilizar seu novo armamento na guerra. A Segunda
Guerra Mundial já estava muito perto do fim, pois os dois principais
países articuladores da mesma na Europa, Alemanha e Itália, já estavam anunciando suas rendições. Entretanto, o grupo de países que era conhecido como membros do Eixo
contava ainda com o Japão entre seus principais membros, um
representante do extremo oriente. Em 1941, o Japão atacara uma base
militar dos Estados Unidos no Hawaii chamada Pearl Harbor
de surpresa, já que, naquele momento, o país americano ainda não estava
envolvido com a guerra vigente. O ataque foi poderoso, pegou os
estadunidenses de surpresa e contou com a ação dos famosos pilotos kamikazes,
que se matavam para destruir também o inimigo. A destruição foi grande
para os estadunidenses e o número de mortos também foi elevado. O ataque
japonês causou a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.
No final deste conflito foi a vez da vingança estadunidense.
Os Estados Unidos usaram pela primeira vez na história o armamento nuclear em um ataque aéreo sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.
As duas cidades foram destruídas quase que por completo. Parte em
função da explosão da bomba e parte em função da radiação extremamente
maléfica causada por ela. O ataque nuclear deixaria consequências por
muitas gerações nos habitantes das duas cidades. Os Estados Unidos
demonstravam, assim, seu enorme poderio militar ao fim da Segunda Guerra
Mundial e o Japão, sem forças para reagir, declararia sua rendição e
colocaria fim definitivo ao conflito mundial, iniciando uma nova era de
disputas no século XX, a Guerra Fria. Pouco tempo depois, a União Soviética declararia oficialmente também possuir armamento nuclear.
A Guerra Fria recebeu este nome em função da disputa ideológica entre capitalismo e socialismo
e da não existência de confronto direto entre os principais
correspondentes de cada vertente, Estados Unidos e União Soviética,
justamente por receio do poderio militar. A segunda metade do século XX
viveu temerária apreensão de um conflito baseado em tecnologia nuclear e
que poderia ser destruidor o suficiente para extinguir a vida no
planeta Terra.
O ano de 1961 marcou um momento crítico dessa tensão existente na
Guerra Fria, pois um problema diplomático envolvendo Cuba quase colocou
Estados Unidos e União Soviética em conflito direto, foi a chamada Crise dos Mísseis.
Na ocasião, Cuba havia se tornado recentemente o primeiro país no
continente americano a se alinhar ao socialismo e cederia seu território
para instalação de uma base militar soviética que abrigaria mísseis
apontados para os Estados Unidos. Não só o fato de ser alvo incomodava
os estadunidenses, Cuba era estrategicamente muito bem posicionada para
um ataque ao país capitalista e representava também um grande incômodo
para seus interesses
ao permitir a entrada da ideologia socialista de modo oficial no
continente americano. Em resposta à atitude dos soviéticos, os
estadunidenses montaram também uma base militar com mísseis apontados
para a União Soviética até que providências fossem tomadas sobre o caso
de Cuba. O desentendimento entre as duas grandes potências da Guerra
Fria quase resultou em conflito direto e aumento o medo do que ficaria
conhecido como Holocausto Nuclear.
Holocausto
é um termo que ganhou reconhecimento especialmente com a Segunda Guerra
Mundial ao designar a matança de mais de seis milhões de judeus por
ação da política nazista. O termo é muito debatido e, por vezes,
rejeitado, mas ganhou popularidade e reconhecimento social na segunda
metade do século XX, em resumo, como ato de extermínio. A princípio,
somente Estados Unidos e União Soviética, os dois protagonistas da
Guerra Fria, eram países detentores da tecnologia nuclear com fins
militares. Isso já era motivo suficiente para deixar a humanidade
apreensiva e receosa do tal Holocausto Nuclear.
Com o passar dos anos, outros países desenvolveram a tecnologia
nuclear e produziram suas próprias bombas atômicas. Em 1986, já com a
União Soviética muito enfraquecida e em um contexto de conclusão da
Guerra Fria, um acidente nuclear em Chernobyl temperou o receio ao Holocausto Nuclear. A cidade foi varrida por uma onda de radioatividade
decorrente de um incidente nas usinas nucleares e permanece, até hoje,
isolada pelo risco oferecido. Alguns países extremistas do Oriente Médio
também investiram e investem em tecnologia nuclear e colaboram com a
tensão que envolve o termo Holocausto Nuclear. Embora a fase mais
crítica para a erupção de um conflito armado de nível mundial tenha
passado com o fim da Guerra Fria, o assunto, mesmo não tratado com tanta
assiduidade como antes, ainda é uma preocupação para a humanidade e,
desta vez, por outro motivo, o grande número de países detentores de
bombas atômicas e suas respectivas posturas políticas e culturais. Da
Segunda Guerra Mundial aos dias atuais, a tecnologia nuclear
desenvolveu-se significativamente e a capacidade desses armamentos foi
ampliada. Não há dúvidas que um novo conflito internacional que faça uso
desses artifícios seria desastroso para a vida humana, resultando no
extermínio em função de explosões ou da maléfica radiação gerada.
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