Por Fernando Rebouças Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas),
apesar de avanços no combate ao cultivo da papoula no Leste e Sudeste
Asiático, os países da região voltaram a registrar crescimento no
cultivo da planta que é utilizada como matéria prima do ópio, uma das drogas mais consumidas na região e em outras partes do mundo. Os dados foram identificados a partir de 2008.
Além da papoula, que teve um grande auge em 2007, houve crescimento
no tráfico e no consumo de meta-anfetaminas e na produção do ecstasy
(MDMA). Considerando a venda de drogas pela internet, a Índia tornou-se
numa das principais fontes de drogas vendidas ilegalmente, atendendo
não somente o mercado interno, mas também consumidores de outros países,
cuja encomenda é enviada por portadores ou pelo correio.
Além da distribuição desses produtos ilegais, o mercado de
meta-anfetaminas do Sudeste Asiático passou a contar com a atuação de
quadrilhas internacionais provindas da África e do Irã, segundo
documento publicado pela ONU, por meio de seu escritório de Drogas e
Crimes.
A ATS (anfetamina) e as metanfetaminas
são as drogas mais difundidas no Sudeste e no Leste da Ásia a partir
dos anos 1990, conseguindo substituir as drogas mais antigas como heroína, ópio e maconha.
Diferente das drogas produzidas a partir de plantas, os estimulantes
que estão conquistando maior aceitação são estimulantes mais fáceis de
fabricar, com substâncias químicas que exigem baixo investimento e
grande lucro.
Em 2010, a maioria dos países dessa região asiática teve um aumento
no consumo de drogas em 2010, com crescimento na fabricação de
entorpecentes, nessa mesma época, houve a interdição de 442
laboratórios, cuja ação não intimidou o crescimento desse mercado
ilegal.
As quadrilhas africanas, que antes traficavam cocaína
e heroína, se especializaram no tráfico de ATS, incluindo a oferta de
ecstasy. Essas quadrilhas foram pegas atuando em países como Indonésia e
Camboja.
O Afeganistão, apesar dos conflitos civis recentes, ainda é um dos
maiores produtores do mundo de ópio, boa parte de sua produção é
consumida por países vizinhos, como Paquistão, Irã, Rússia e até na
Europa. Segundo números publicados em 2002, pela ONU, a produção afegã
já respondia por 75% da heroína consumida no mundo, e de 90% dessa droga
consumida na Europa.
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